“Mastoplastia redutora” é o nome dado a cirurgia de diminuição do volume das mamas com ou sem a descida da aréola e do mamilo, visando sempre o conforto pela eliminação dos excessos de pesos localizados e a melhoria estética. Deve oferecer proporções mais próximas entre o tórax e o quadril, permitindo à paciente estar dentro das medidas padronizadas para o seu manequim.

“Mastopexia” é o nome da cirurgia para mamas ptosadas (caídas) , no sentido de reposicioná-las esteticamente, sem diminuir seu volume. A quase totalidades das mastoplastia redutivas são combinadas com a mastopexia.

A grande maioria das mulheres apresentam diferentes mamas, na forma e no volume. É importante compreender que , depois de operadas, as mamas nem sempre ficam exatamente iguais, devendo haver portanto uma tolerância a essa assimetria.

As cirurgias de redução de mamas sempre deixam cicatrizes, cuja forma e comprimento variam de acordo com a técnica empregada, o volume e os excessos de pele e de gordura existentes. Costumam-se dizer “as mamas terão as cicatrizes que merecem”, em função das suas condições antes da cirurgia. Não existe milagre. Atualmente as técnicas usadas para a redução das mamas deixam uma cicatriz na forma de um L ou de um T invertido, ou ainda uma linha vertical abaixo da aréola, e mesmo ao redor dela. Na maioria das vezes essa cicatriz adquire ótimo aspecto estético, semelhante a uma linha branca e fina, após 12 a 18 meses, lembrando uma estria fina. Menos freqüentemente ocorre o inverso, isto é, a cicatriz sofre um alargamento, tornando-se grossa, alta e dura, formando queloides (cicatrizes permanente, grossas e vermelhas). Os queloides estão relacionados `a qualidade da pele e não ao modo como foi realizada a sutura. Se ocorrerem, seu médico lhe dará a devida orientação, explicando o que represente uma “boa” e uma “má” cicatriz, do ponto de vista médico.

O ASSUNTO MAIS IMPORTANTE NA CONSULTA DE PRÓTESE DE SILICONE

SETE DÚVIDAS PARA QUEM DESEJA FAZER MAMOPLASTIA REDUTORA

  • QUEM É CANDIDATA À CIRURGIA DE REDUÇÃO DE MAMAS E/OU MASTOPEXIA

     

    Podem se candidatar à cirurgia mulheres com as seguintes características:

    Mamas grandes, pendulosas, pesadas, com os mamilos apontando para baixo.
    Mamas com volumes normais porém com mamilos apontando para baixo.
    Uma mama maior do que a outra, nos mais variados graus.
    Dor nas costas, na nuca ou nos ombros, causada pelo peso das mamas.
    Irritações na pele-intertrigo (assadura)-abaixo das mamas.
    Afundamento na pele dos ombros, causado pelas alças do sutiã, devido ao peso das mamas.
    Restrição das atividades físicas, decorrentes do volume e do peso das mamas.
    Angústia, devido à exagerada desproporção entre as mamas e o quadril, que também dificulta a compra de roupas.
    IMPORTANTE: A cirurgia de redução das mamas está indicada nos casos de aumento de volume fora dos limites normais, independentemente da idade da paciente. Operações de jovens a partir dos 14 anos estão indicadas, de acordo com o tipo de problema existente. Apesar disso, muitas mulheres somente se operam após o casamento e o nascimento dos filhos. Isso não importa. A cabeça comanda; os médicos informam; as pacientes decidem. Discuta com o seu médico esse assunto.

  • HOSPITALIZAÇÃO, TEMPO DE CIRURGIA E ANESTESIA

     

    O tempo de permanência no hospital para a mamoplastia redutiva ou mastopexia é de um dia. A cirurgia pode ser do tipo ambulatorial, isto é, a paciente entra pela manhã e sai à tarde. O ato operatório dura 3 horas. Normalmente a paciente permanece no centro cirúrgico mais 2 horas além desse tempo, se considerado o período gasto na preparação pré-operatória e anestesia, bem como o de recuperação, até que esteja em condições de voltar ao seu quarto. A anestesia geral é mais indicada, podendo também ser a peridural alta ou mesmo a local com sedação.

  • TIPOS DE CICATRIZES

     

    Além das cicatrizes ao redor da aréola, haverá uma vertical, saindo da parte inferior da aréola e atingindo o sulco da mama, e outra horizontal, situada no sulco mamário, tornando o conjunto o aspecto de um ”T” invertido. A cicatriz pode ainda ter forma de um ”L”, ou ser somente vertical e ao redor da aréola. Cada técnica tem sua indicação e lhe será apresentada pelo seu médico.

    Como toda cicatriz no corpo, ela adquire, por um período de 6 meses, a cor avermelhada e a textura de um cordão. Em mais 6 a 10 meses deverá estar branca , como uma estria antiga. Esse é o tipo de cicatriz considerado sob o ponto de vista médico. Existem outros aspectos menos estéticos: a cicatriz pode ter a cor castanha, ser larga ou, até mesmo, formar quelóide. Não há como prever a cicatrização, particularmente nas pacientes que não têm cicatriz anterior e às vezes mesmo nas que têm: numa mesma mama a cicatriz pode se apresentar excelente num segmento e queloidiana no outro. Seu médico lhe fornecerá mais detalhes sobre isso.

  • CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS

     

    A paciente sai da sala de cirurgia com um curativo simples, coberto por um sutiã de lycra. A troca desse curativo será realizada entre 24 e 48 horas após a operação. O sutiã deverá ser usado dia e noite por 30 dias, somente sendo permitida a sua remoção na hora do banho. Posteriormente poderá ser substituído por sutiã comum. Durante esse período poderá ser ocasionalmente dispensado seu uso por algumas horas se a paciente tiver necessidade de usar uma roupa especial.
    Nas primeiras 2 semanas após a cirurgia a paciente deverá dormir de costas ou de lado. Somente após 2 meses ficará liberada para dormir de bruços. Porém, aconselha-se sempre evitar dormir nessa posição, independentemente da cirurgia.
    Quase toa a sutura é realizada por baixo da pele e os pontos não precisarão ser retirados: o organismo se encarregará de absorvê-los. Se houver pontos externos, eles serão retirados no quinto dia do pós-operatório.
    Por 3 a 4 semanas as linhas de sutura da pele ficarão recobertas por um esparadrapo de papel (Micropore), que será trocado semanalmente pelo médico. É permitido tomar banho com os esparadrapos, usando depois um secador de cabelos para secá-los. Aconselha-se usar creme hidratante nas mamas, para melhorar o aspecto ressecado da pele, devido aos anti-sépticos utilizados durante a cirurgia.
    O uso de xampu, tintura para cabelo e secador fica permitido a partir do terceiro dia após a cirurgia.
    Banhos de chuveiro são permitidos a partir do quarto dia após a operação. Banhos de imersão, sob orientação médica.
    Os movimentos dos braços para vestir-se ou pentear-se poderão ser realizados com cuidado, conforme a paciente se sinta à vontade para isso, respeitando a sensação de dor. Recomenda-se o uso de roupas abertas na frente. Após 10 dias não haverá restrições à vida social. O retorno ao trabalho poderá ser liberado mais cedo, de acordo com a atividade profissional. Discuta com o médico esses detalhes.
    Dirigir carros, dentro das necessidades normais do dia-a-dia, fica liberado 10 dias após a cirurgia.
    Atividades esportivas ( caminhadas, esteira, bicicleta, natação, equitação, musculação, ginástica, tênis, etc.) ficam proibidas, sendo liberadas após 6 a 8 semanas . Esse período variará de acordo com o tempo de recuperação de cada paciente, que poderá ser mais rápido ou menos.
    Banhos de sol serão tolerados após a terceira semana.
    Ocasionalmente a paciente poderá sentir pontadas dolorosas durante algumas semanas, principalmente no período pré-menstrual. Isso é normal e não deve preocupar. Entretanto, se a dor for forte e continuada, havendo febre, vermelhidão na pele das mamas, ou secreção na linha da sutura, o médico deverá ser chamado imediatamente.
    A atividade sexual deve ser evitada na primeira semana. Após esse período, fica liberada, dentro de certos critérios, para que a paciente não venha a sentir dores ou ter outro tipo de problema.

  • INTERCORRÊNCIAS E RISCOS DE COMPLICAÇÃO

    Intercorrências são pequenos detalhes que surgem no período pós-operatório e que não interferem no resultado. São exemplos: equimoses, pequenos hematomas que não precisam ser drenados, eliminação de pontos internos ( a partir da terceira semana), deiscência de pontos que não requer nova sutura, etc. Felizmente as complicações, que exigem pronta e continuada intervenção do médico, são raras. São exemplos destas: infecções, grande deiscência de pontos, necrose de pele da aréola, grandes hematomas que precisam ser drenados, etc. Em qualquer dessas eventualidades é fundamental manter a calma, deixando aos cuidados do cirurgião a resolução do problema. A paciente não deve transmitir aos familiares e aos amigos a existência de problemas. Eles nada poderão fazer além de dar palpites, nem sempre corretos. Isso faz aumentar a angústia, gerando dúvidas e insegurança. Continuar confiando no médico é ainda o melhor caminho. Ele certamente saberá como resolver.
  • EVOLUÇÃO A LONGO PRAZO

    A mamoplastia redutiva e a mastopexia são cirurgias para o resto da vida. A qualidade dos resultados sofre contínuas alterações ao longo dos anos. Pelo menos oito fatores interfere a médio e longo prazo no resultado. São eles: idade, variação de peso do corpo, qualidade da pele, hormônios, gravidez, lactação, tipo de técnica operatória, quantidade de glândulas e de gorduras nas mamas. O médico não tem condições de prever esse tempo. É importante entender que o complexo aréolo-mamilar não voltará mais a apontar para baixo com o passar dos anos. O que ocorre em freqüência é a queda dos quadrantes inferiores das mamas e a ascensão (báscula) dos mamilos. Nessas circunstâncias, fica indicado o retoque da cirurgia, isto é, nova mastopexia para restaurar o cone mamário.

    A mastopexia e a mamoplastia redutiva são consideradas cirurgias estéticas. Assim, o seguro-saúde não vai cobrir os gastos, nem mesmos os hospitalares. No caso de gigantomastia (retiradada de 800 a 1000 gramas ou mais de cada lado), por ser considerado uma cirurgia necessária, dado o peso excessivo das mamas, com prejuízo das condições físicas, poderá haver cobertura pelo seguro, mediante documentação necessária e atestado do ortopedista.